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Reunião de Negócios
The Fantastic Four
Informações Gerais
Série Quarteto Fantástico: Missão Um
Arco Ato I
Nº do Episódio 01
Dt. de Lançamento 28 de Junho de 2020
Cronologia
Ep. Anterior Nenhum
Ep. Sucessor Divergências
Créditos
Escritor Sr. PandaJao

Reunião de Negócios é o primeiro episódio de Quarteto Fantástico: Missão Um.

SINOPSE[]

O Dr. Reed Richards tenta convencer o conselho da Baxter's Enterprises, empresa da qual é acionista, a financiaram seu atual projeto cientifíco de estudar radiação cósmica no espaço.

ENREDO[]

JANEIRO, 2014

A ilha de Manhattan amanheceu agitada, como sempre. Várias pessoas e veículos transitavam por suas intermináveis ruas e avenidas, um fluxo de movimento que congestionava a cidade. Milhares de pessoas corriam para cumprir com o horário de suas rotinas, mas não faziam ideia do quanto alheios estavam das emaranhadas do destino.

No cruzamento entre a Rua 42 e a Avenida Madison se localizava um dos maiores e mais modernos arranha-céus daquela ilha, o Edifício Baxter, um enorme prédio que funcionava como uma rede residencial e comercial, mas que também era a sede da Baxter’s Enterprises, uma empresa voltada para o desenvolvimento tecnológico, e lar de um de seus acionistas, uma das maiores mentes do século XXI e famoso cientista, o doutor Reed Richards.

No trigésimo andar do Edifício Baxter, em uma sala ampla e bem iluminada graças a parede sul composta de painéis de vidros com retro-refletores, ocorria uma importante reunião marcada por Reed. No centro da sala, havia uma enorme mesa de carvalho escuro de forma retangular. Vinte e seis cadeiras estavam ao seu redor, sendo que nas pontas norte e sul da mesa havia duas cadeiras de couro executivas muito luxuosas. Todos os assentos da mesa, com exceção da cadeira sul, estavam ocupados pelos acionistas da empresa, que aguardavam ansiosamente pelo começo daquele encontro.

Sentado na poltrona executiva norte estava o Sr. Noah Baxter, o dono do edifício cujo qual levou seu nome, tal como a empresa. Embora já estivesse com mais de sessenta anos, ainda não havia sido castigado pelas marcas da idade, embora seu excesso de peso e o cabelo e bigode grisalho o denunciasse, mesmo assim, seu semblante sereno e carismático davam-lhe um ar mais jovial.

Dois nomes importantes da empresa sentavam-se nas duas primeiras cadeiras a direita de Noah. O primeiro deles era Harold Flyn, um homem alto e esguio que sofria de calvície. Tinha o hábito de estar sempre mascando chiclete e, embora esboçasse paciência em seu exterior, sua mente vagava apenas em imaginar se a pauta daquela reunião lhe renderia mais lucros do que já possuía. Já a outra pessoa, a senhora Grace Lancaster, uma mulher de quarenta e poucos anos, bem trajada em seu conjunto de terno preto e o cabelo chocolate amarrado em um coque, apenas ajeitou os óculos em seu rosto enquanto aguardava.

Nos dois acentos à esquerda da cadeira executiva sul, dois acionistas, um pai e sua filha, também aguardavam. Franklin Storm podia estar na casa dos cinquenta, no entanto, esboçava uma aparência física saudável, apenas com alguns tufos de cabelo grisalho. Em contra partida, sua filha Susan Storm estava ainda na flor da idade em seus vinte e oito anos, seus cabelos dourados reluziam na luz que penetrava a sala. Susan cruzava os braços com força contra o peito e balança os dedos em um rimo frenético contra o abdômen.

Reed Richards, no auge dos trinta anos, esbanjava uma aparência física saudável, embora estivesse um pouco abaixo do peso ideal para sua altura. Usava roupas confortáveis, como de costume, porém, ocultas embaixo de seu usual e longo jaleco branco. Ele andava calmamente em volta da mesa, certificando-se que todos já estavam aptos a ouvi-lo. Enfiou a mão no bolso do jaleco e sacou um controle remoto.

Sobre o centro da mesa de carvalho escuro havia um moderno e sofisticado aparelho de projeção holográfica tridimensional, projetado pelo próprio Richards. O controle que havia sacado foi apontado para as janelas; um toque de botão fez com que os painéis retro-refletores bloqueassem a luz solar de penetrar a sala. Um segundo toque e a iluminação da sala foi drasticamente reduzida, tornando-a quase escura.

Com os painéis das janelas impedindo a claridade do dia de entrar e o brilho das lâmpadas diminuindo de intensidade, a sala adquiriu a escuridão necessária para que Reed ligasse seu aparelho de projeção holográfica de forma que sua luz fosse forte o suficiente para tornar as imagens visivelmente bem nítidas.

— Observem bem essas imagens! De acordo com minhas últimas pesquisas, uma tempestade de raios cósmicos atingiu a Terra há bilhões de anos e o evento coincidiu com o surgimento das primeiras formas de vida no planeta. — Havia entusiasmo por parte de Reed ao proferir suas explicações.

Quando o projetor foi ligado, ele proporcionou aos expectadores uma simulação do espaço, onde uma nuvem cósmica de energia maciça que surgiu repentina seguiu uma trajetória traçada por uma linha pontilhada até cruzar o sistema solar e atingir o planeta Terra.

— Esses raios, cuja origem ainda é desconhecida, ao entrarem no campo magnético da Terra, emitem uma radiação de aspecto único que afeta as partículas e moléculas com que entra em contato. Um evento quase semelhante ao que ocorre com os raios do nosso sol quando chegam em nossa atmosfera.

Quando a imagem da nuvem cósmica atingiu o planeta, seu choque com o campo magnético da Terra, destacado na projeção em cor verde, a quebrou em fragmentos energizados. À medida que a imagem se ampliava, esses fragmentos de partículas cósmicas vagaram até a superfície do planeta, atingindo os oceanos e afetando as moléculas sob a água.

A sequência de imagens do projetor mostrou como essas moléculas, agora energizadas e alimentadas pela radiação cósmica, começaram a vibrar intensamente e se fundir com outros moléculas ao seu redor, formando moléculas maiores até evoluírem para seres unicelulares. A sequência da projeção seguiu o que seria o curso histórico da evolução das formas de vida.

Todos os presentes estavam hipnotizados pela qualidade das imagens mostradas, como também pela maneira entusiasmante com o que Reed falava, no entanto, mantendo uma expressão neutra, Harold mastigou seu chiclete com mais força, fazendo um barulho irritante que chamou atenções, seguido de uma bolha que estourou rapidamente.

— Com certeza foi uma explicação muito educativa, Dr. Richards. Mas já o interrompendo, como esse show beneficiará nossa empresa?

— Simples — respondeu ele com um sorriso de canto. — Por muito tempo, estamos estudando sobre todos os tipos de radiação, algo que tem intrigado cientistas de todo o mundo. Inclusive, eu tenho um antigo colega de faculdade que está fazendo avanços no campo da radiação gama. Por mais que os acidentes radioativos mostrem como a radiação é perigosa, sabemos também que ela pode trazer muitos benefícios a humanidade.

— Como o que, Dr. Richards? — perguntou calmamente o Sr. Noah Baxter, a voz rouca e falha pela idade.

— Sr. Baxter, desculpe a ousadia em expô-lo aos presentes, mas o senhor teve um pequeno histórico de câncer recentemente, certo? — Noah acenou a cabeça em concordância. — Pois bem, de acordo com o que eu me lembro, a radioterapia foi uma de suas formas de tratamento. Ela consiste no uso de radiação para combater as células cancerígenas. Agora, pensem comigo: se a radiação cósmica fez surgir vida na Terra, por que não a melhorá-la? Ou, até mesmo, prolongá-la?

O silêncio na sala fora rompido por sons de suspiros e espanto, além de comentários altos enquanto os presentes se entreolhavam para falar a respeito do que acabaram de ouvir. Confiante de que havia atiçado a curiosidade de todos, Reed apenas ajeitou seu jaleco enquanto o sorriso em seus lábios aumentara.

— Dr. Richards, está nos dizendo que sua pesquisa pode ajudar a estudar uma cura para o câncer? — Havia curiosidade explicita no semblante de Grace.

— Mais do que isso, Sra. Lancaster.

Reed ergueu o controle remoto outra vez. O projetor passou a executar gravações feitas em seu laboratório pessoal, com datas de duas semanas atrás.

— Esses vídeos mostram os resultados de parte da minha pesquisa. Eles foram feitos em parceria com a equipe de pesquisa do laboratório do Dr. Storm.

— Ah, sim! — confirmou Franklin. — Eu me lembro de quando me pediu ajuda.

Os vídeos executados mostravam várias espécies de plantas e animais de laboratório sendo colocados em uma cabine especial, onde ficavam expostos a uma luz que era emitida por um aparelho estranho. Com a nitidez das imagens, os acionistas perceberam que a tal luz era radiação cósmica.

— Eu consegui criar um aparelho que capta partículas cósmicas da atmosfera em um gerador e potencializa a energia delas próximas do nível de uma tempestade cósmica. Expomos espécies animais e vegetais com anomalias genéticas aos raios do aparelho, em dosagens controladas.

— Essa radiação não é letal? — perguntou Grace novamente.

— Sim, quando em toda sua força. Mas o aparelho que eu construí também gera um campo magnético, igual ao do nosso planeta. Sob o efeito do campo magnético, os raios são quebrados em ondas menores e não nocivas, mas ainda sim potentes.

— Impressionante! — exclamou ela.

— Sim, concordo. Pois bem, os espécimes mostraram uma ótima reação ao experimento. Os raios reagem diretamente com as moléculas do corpo, então elas alteraram a estrutura genética deles. Além de minimizar ou extinguir o quadro de doenças das cobaias, os raios melhoraram a saúde física e, até mesmo, prolongaram um pouco o tempo de vida útil das células principais do corpo.

Reed apertou outro botão. O projetor alterou as gravações para um vídeo de um gorila sendo exposto aos raios do aparelho. Ao olhar mais atentamente para as imagens, Susan Storm, que até aquele momento permanecia em silêncio, reconheceu o animal nas imagens e ficou horrorizada.

— Esse é o Miklho? — perguntou ela.

— Sim, Dra. Storm — respondeu Reed.

— Pai — sussurrou Susan para Franklin —, o senhor autorizou o Reed a usar o Miklho nos testes da máquina dele, mesmo sabendo da fragilidade da saúde dele?

— Sim, minha filha. Eu estava desesperado por causa da piora do quadro dele, por isso arrisquei. Achei que isso podia dar certo.

— Você conhece o gorila do vídeo, Susan? — perguntou Grace, intrigada pela reação dela.

— Sim. Miklho é um gorila resgatado de um circo clandestino e que agora pertence ao Zoológico do Central Park. Recentemente, ele estava sob meus cuidados no laboratório do meu pai a pedido do Zoo por estar doente.

— Dra. Storm, desculpe se você se assustou ou ficou preocupada com ele, afinal, era seu paciente — disse Reed, embora não parecesse tão sincero. — Mas entenda que foi uma ação necessária para testarmos a viabilidade dos raios cósmicos para o melhoramento da saúde.

— Mesmo tendo o risco de dar errado e matá-lo? — provocou. O olhar feroz e tenso que Susan lançava para Reed o fez sentir a hostilidade que emanava dela.

— Nunca dei um passo sem conhecer as consequências, Dra. Storm.

— Então você admite que tinha consciência dos perigos aos quais estava o expondo?

Susan manteve sua encarada hostil para ele, no entanto, Reed deu apenas uma franzida de testa, decidindo por ignorá-la. Ele apertou outro botão e o projetor mostrou diversas imagens de exames do quadro clínico do gorila.

— Miklho tinha um tumor no pulmão direito, que já estava se espalhando para os órgãos próximos. Após a exposição à radiação cósmica, ele teve o tumor neutralizado, sem sequelas, e um rejuvenescimento celular em até 5 anos. De nada, Dra. Storm! — Reed havia virado o rosto para ela no exato momento em que lhe dirigiu a palavra, dando-lhe um enorme sorriso cínico.

— De nada pelo o que?

— Por ter curado seu precioso paciente.

Sentindo-se ainda mais frustrada por tal atitude, ela ameaçou reagir, saltando bruscamente de sua cadeira, criando um ruído alto pela sala, contundo, antes mesmo de pensar qual ação tomaria, foi surpreendida pela sensação de toque em seu braço.

Susan se virou e percebeu que fora seu pai que havia lhe tocado. Franklin a encarava com um olhar desaprovador, que sua filha compreendeu de imediato. Engolindo sua frustração, a mulher bufou enraivecida, sentando-se novamente, procurando se recompor.

— Está dizendo que seu aparelho conseguiu curar esse macaco enorme? — interrompeu Harold, roubando as atenções e rompendo o clima tenso que pairava no ar.

— Sim.

— Isto me parece uma descoberta muito boa — entusiasmou-se Harold, comentando com Noah. — Pense no quanto poderíamos lucrar com o uso dela?

— Como sempre, pensando em subir alto sem antes medir o tamanho da queda, não é, Harold? — repreendeu o Sr. Baxter. — Dr. Richards, percebo que seu projeto tem potencial para ajudar na saúde humana, mas gostaria que me respondesse com sinceridade. Há alguma consequência em relação ao uso desses raios cósmicos para o homem?

— Sr. Baxter, jamais menti para o senhor. A radiação cósmica é letal quando não comprimida. É por isso que o aparelho necessita do campo magnético para comprimir a assinatura de onda dos raios. Mas... Sem recursos para pesquisas mais aprofundadas, não tenho como desenvolver nada agora sem dados mais concretos.

— Acredito que já tenha falado tudo o que queria, Dr. Richards, então, peço que vá direto ao ponto — disse Grace. — Por que o senhor convocou essa reunião? Qual o propósito de toda essa explicação?

Reed usou o controle remoto outra vez, desta vez mostrando imagens de outra nuvem cósmica, acompanhada de gráficos e cálculos.

— De acordo com meus cálculos, uma outra nuvem de tempestade cósmica, de condições similares a primeira mencionada, irá passar próxima a órbita do nosso planeta, no verão do ano que vem.

Apertando mais um botão do controle, o projetor passou a emitir as imagens de plantas para a construção de uma estação espacial.

— Eu elaborei um projeto para a construção de uma estação espacial para pesquisas de campus. A estação terá uma câmara que irá absorver os raios da tempestade e os conduzirá para dentro dela, contando com um gerador de campo magnético para tornar viável a exposição de seres vivos.

O projetor ampliou a imagem para a planta da câmara de raios, mostrando todos os detalhes de como seria seu funcionamento.

— A estação também contará com uma sala especial de escudos feitos especialmente para proteger os passageiros a bordo dos efeitos letais da tempestade.

O holograma transitou para a imagem da sala de escudos, também mostrando seus detalhes e funcionamento e a simulação de como protegeria as pessoas dos raios cósmicos.

— Então você quer a nossa aprovação e investimento para construir essa estação de que necessita? — perguntou Harold.

— Sim, mas entendam que tudo isso é crucial. Há poucos dados sobre esses raios cósmicos, então quero conduzir uma pesquisa condizente que me permitirá estudá-los melhor e aprimorar meu aparelho para criarmos raios cósmicos em laboratório.

— O que mais além da base? — perguntou Grace.

Reed apontou o controle remoto novamente. O holograma projetou os planos para a construção de um ônibus espacial. A imagem mostrou a composição da nave, funcionamento, motores e outros dados.

— Também elaborei os planos para a construção de uma espaçonave resistente a radiação e que permitirá transportar várias pessoas e recursos de uma única vez. Também servirá como um módulo de fuga e contará com os mesmos escudos em seu casco.

— Então, como o Harold disse, você quer nosso apoio, certo?

— Precisamente, Sr. Baxter.

— E em troca de nosso apoio, o que toda essa operação trará como benefício para nossa empresa? — perguntou Noah calmamente.

— Dependendo dos resultados obtidos, vamos poder prover recursos para a medicina e a engenharia genética, novas formas de tratamento para doenças, melhoramento da vida humana, artigos para geração de energia limpa e novas tecnologias.

— Ou seja, aplicações ilimitadas para inúmeras áreas — constatou Harold. — Senhores, isto é uma oportunidade rara da qual não podemos perder tempo pensando demais. O retorno do investimento pode ser...

— Desastroso! — O tom seco de Susan foi cortante e atraiu todas as atenções para ela.

Uma franzida de testa por parte de Harold mostrou como ele não apenas detestou ser interrompido, como também se frustrou ao ver como o entusiasmo crescente de seus colegas foi brutalmente interrompido pela deixa cortante e secante de Susan.

— Dr. Richards, seus argumentos são muito convincentes — continuou ela —, mas se me permite, quais os riscos de seu projeto falhar?

— Bom, eu... Quero dizer...

— Se não consegue nos informar dos riscos de seu trabalho, como teremos certeza de que podemos confiar no senhor e em seu projeto para investirmos nosso dinheiro?

— Acha que eu possa estar errado, Dra. Storm?

— Não, Dr. Richards. Só acho que, às vezes, você tem excesso de confiança em si mesmo que acaba por não medir todos os contras do seu trabalho.

— Escute aqui, Dra. Storm, se estiver chateada porque eu...

— Dr. Richards, creio que a Dra. Storm agiu certo ao lhe perguntar — interrompeu Noah, cortando a tensão crescente entre os dois. — Por isso, responda para todos nós. Quais os riscos de falha do seu projeto? E da perda de nosso investimento?

— Tudo bem. Há um potencial risco de que nem mesmo a estação ou a nave sejam capazes de aguentar todo o poder da nuvem. Também há chances de que os dados obtidos sejam insuficientes e que o retorno do projeto aconteça tardiamente.

— Senhores, estamos diante de uma escolha arriscada. — Noah erguia os olhos calmamente para todos os presentes, sua voz e semblante mostravam sua condescendência com todos. — Eu aprecio muito o esforço do Dr. Richards já que, nos últimos anos, ele tem sido promissor no crescimento da nossa empresa e na valorização dela no mercado de ações. Mas o que ele está nos propondo agora é algo que vai além do âmbito dele. É uma decisão que devemos tomar com cautela, por isso, peço que exponham seus argumentos.

— Eu acredito que o melhor é não nos arriscarmos. — Susan foi a primeira a se manifestar, o que fez com que Reed a encarece com certa raiva aparente. — Só o fato de o Dr. Richards usar o animal em minha posse sem meu consentimento mostra como ele não possui limites e que não é tão confiável quanto parece ser.

— Apesar de que eu queira concordar, eu preciso dizer que se o Reed acha que há uma chance de o projeto ser perigoso para os tripulantes, talvez seja melhor não o levarmos a ideia adiante. — Diferente da filha, Franklin manifestava preocupação genuína com a viabilidade do projeto.

— Eu acredito que será uma ótima oportunidade financeira. — Harold Flyn claramente não escondia sua ganância em seu semblante otimista. — Não podemos desperdiçá-la só porque pode haver riscos. Podemos nos prevenir com planos secundários de emergências, assim poderemos arriscar sem nos preocuparmos com o prejuízo.

— Harold disse algo certo. Nós podemos criar planos secundários para não dependermos exclusivamente apenas do retorno desse projeto — concordou Grace. — O que você acha, Noah?

— Eu acredito que tudo o que o Dr. Richards nos disse pode proporcionar inúmeros artigos para nossa população, afinal, esse é o propósito da nossa empresa. No entanto, temo pelo futuro dela caso esse projeto fracasse. Contudo, se vocês acham que podemos nos prevenir com medidas de emergência, talvez possamos dar um voto de confiança a ele.

Todos os presentes permaneceram mais alguns minutos comentando e debatendo a respeito, o que fez com que a confiança inicial de Reed encolhesse conforme seu medo e tensão cresciam dentro de si.

— Bom, agora que já falamos — continuou o Sr. Baxter —, todos aqueles a favor de beneficiar o projeto do Dr. Richards levantem as mãos!

Com exceção de Susan Storm, no fim, todos acabaram concordando em aprovar o projeto de Reed. Ao perceber que, embora a princípio parecesse relutante, seu pai havia concordado, Susan bufou para Franklin com intensidade.

— Muito bem então — Noah deu uma última olhada para confirmar as mãos levantadas. — Dr. Richards, tem o nosso apoio. Prossiga com seu cronograma e nos mantenha sempre informados. Em outras reuniões discutiremos os demais termos. Por hora, agradeço a todos pela presença. Isso é tudo, podem ir!

Todos se levantaram e começaram a se retirarem da mesa.

PERSONAGENS[]

CURIOSIDADES[]

  • Há uma menção ao personagem Bruce Banner/Hulk durante uma das falas de Reed Richards, estabelecendo que o personagem existe nesse universo em particular;
  • Episódio claramente inspirado na cena inicial do filme Quarteto Fantástico (2005);
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